Ricciardo reage às "cutucadas" de Marko: "Elas me animam"

"Eu me tornei muito bom em não ler as coisas, então não sabia sobre isso até que me disseram quando cheguei aqui. Não me sinto de uma forma ou de outra em relação a isso. Ainda sei que o mais importante neste esporte é o desempenho. É isso que me dará a melhor chance de ficar aqui, eu sei disso. Quanto à questão do Marko, tudo bem. Isso não muda o que eu vou fazer", disse Ricciardo ao GPblog, entre outros, na Áustria, reagindo a Helmut Marko.

O conselheiro austríaco nomeou Liam Lawson como um potencial substituto para o australiano, que mais tarde fará um teste em Imola. "Acredito que isso tenha sido planejado há algum tempo, mas, de qualquer forma, é uma daquelas situações em que, quanto mais velho você fica, mais entende que deve controlar o que é controlável. Se o Liam for e fizer um teste incrível, 100% bom para ele. Não tenho controle sobre isso, nem desejo que ele seja ruim, de jeito nenhum", reagiu o australiano.

Ricciardo acredita que o máximo que ele pode fazer ao mesmo tempo é ter um bom desempenho no carro semana após semana. "Estou no assento da corrida, então tenho que fazer tudo o que puder para controlar as coisas que posso, e se eu arrasar aqui, se eu arrasar em Silverstone, então acho que a narrativa pode mudar. Obviamente, tenho de assumir isso e estar no topo do que posso fazer. A classificação em quinto lugar em Montreal fez Helmut sorrir".

Ricciardo poderia ir para outro lugar?

Se Liam Lawson for promovido, Ricciardo terá de encontrar uma nova equipe na Fórmula 1. O australiano continua confiante em manter seu lugar, ele respondeu à pergunta do GPblog sobre o assunto. "Eu não sei [sobre ir para uma equipe diferente]. Não quero ser teimoso ou arrogante sobre isso, mas não estou procurando outro lugar. Eu já disse isso. Eu realmente gosto de estar de volta à família. Estranhamente, às vezes, gosto de ser cutucado por Helmut, porque acho que pode ser uma forma de me deixar um pouco animado e tentar tirar o melhor de mim".

Um dos aliados de Ricciardo dentro da organização é Christian Horner, diretor de equipe da Red Bull. Ele ressaltou que ainda não ouviu nada dele até o momento. "Não houve nenhuma pressão, ultimato ou algo do tipo, mas estou no esporte há muito tempo. Sei que se eu estiver levando uma surra todo fim de semana, em algum momento alguém dirá: 'ei, amigo, vamos lá'. Tive um bom apoio do Christian, mas também de todos. Eles estão fazendo o que podem, obviamente, mas em algum momento sou eu quem está no carro e tenho de apertar o acelerador com mais força".

"Não quero ser leviano em relação a isso porque, obviamente, me preocupo muito, mas talvez eu esteja em um ponto em que o que vai ser, vai ser e vou colocar tudo o que puder na mesa em termos de esforço e desempenho e, se isso for bom o suficiente para me garantir uma vaga, ótimo. Se não for, tudo bem, eu fiz tudo o que podia. Acho que, em termos de cadeiras musicais, bem, preciso colocar toda a minha atenção aqui, simples assim", concluiu o piloto que está prestes a disputar seu 250º Grande Prêmio de Fórmula 1.